segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Segredos




Guardo todos meus segredos em uma caixa a sete chaves, sem distinção. Os mais feios e tortos lá estão; assim como os belos - puras lembranças e esperanças. Não saberia dizer qual dentre estes se destaca, no início alguns tiveram seu valor, mas o tempo não lhes perdoa: serão esquecidos e cobertos de poeira. Como uma velha boneca de pano, antes tão amada, que a menina trancará atrás das pesadas portas do armário por vergonha de sua singularidade, e lá pelos anos de sua infâcia permanecerá.

Confissões que precisam encontrar seu lugar- soltas não hão de andar. Não suportaria deixar alguma para trás, levo-as juntas aos meus segredos para onde for, mas sempre trancadas - escondidas de qualquer luz que possa revelá-las a algum olhar curioso, inclusive o meu.

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