terça-feira, 13 de dezembro de 2011

conterrâneo de outra cidade

Ao vê-lo caminhando pelo gramado, cada vez mais próximo, deixou o sorriso pintar o rosto com diversas cores. A cidade era grande e as pernas eram muitas - seguir com os olhos aquele caminhar de ritmo já conhecido lhe trazia tranquilidade.

Ele chegou até ela. Sentaram-se na relva e riram até que o céu lhes contou que já era hora de ir embora.

Antes, precisava se confessar. Tímida, ora olhando para ele, ora para os próprios dedos, que não encontravam descanso em sua mão, soltou a prosa: sinto que aqui tu é o único que me conhece de verdade senti sua falta gosto da sua companhia não queria me despedir...
Desviou o olhar e disse com um suspiro: minha casa me espera.

Ele deu um sorriso frente à ansiedade da garota e tocou-lhe o rosto de maneira cálida. Não se preocupe.

Fez-lhe uma promessa: quando nos vermos novamente, já haverá passado tanto tempo que seremos outros. Não sentiráss mais minha falta, senão a falta de alguém que já não há. Não sofrerás. Nem a falta da tua casa sentirás - lá também já não te conhecerão.

Serás livre e não sentirás a falta de ninguém.

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