Pele sobre pele. Pele sob pele. Pele que foi feita para se juntar com outra pele. Que sua, gruda e retorce. Pele que, depois, tímida, refletindo a fina luz que entra pelas persianas, cansada se recolhe; tremula receosa de algum olhar sobre si. Como se nada tivesse ali tomado lugar, agora uma tela em branco - pálida e arisca. Pele que me esconde, que te limita. É cárcere vivo, respirando meu ar, pulsando meu sangue, matéria inseparável que separa um de todos os outros.
Mas também, que alisa e, quando novamente em par, aquece. Se encontrada, esquiva; se re-encontrada, guia. E por esses breves instantes, contrariando todas as regras, funde-se à outra.
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