terça-feira, 26 de outubro de 2010

bom dia




A vida inteira, neste instante, parece resumir-se ao farfalhar das árvores,
Suave
O pássaro congela o vôo e observa
Texturas e cores a percorrer a abóboda celeste
Óbliqua, a luz matutina toca minha face, em um convite ao dia
Da janela, promessas em cantos
Quantos estarão a mirar o mesmo horizonte?
Em um suspiro, uma última vez: toda a vida parece conter-se em uma gota de orvalho.

Persistente relógio, que não pode ser enganado,
Volta a correr; o mundo dos homens acorda
Passos apressados em caminhos opostos
Sons estridentes competem no ar
Ecoa o choro, alto,
Que clama pelo que não há de vir
Do alto, as nuvens descem, em poeira, à terra
A vida não é o que parece -
É o que ela é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário