sábado, 1 de janeiro de 2011

crepúsculo

Em uma imagem de bordas manchadas e tons lavados, vi seus pés enrolados no lençol. Sob a luz amarela matutina, vi o cílio que se esquivara do sono, pousado sobre tua face. Em um retrato fora de foco, vi você de roupas molhadas em uma parada de ônibus. Entre a mistura de tons, o sorriso fácil contra as nuvens rosadas do entarceder.

Embaixo do último feixe de luz do dia, vi o sono fisgá-lo pelo tornozelo...

E ainda no escuro senti sobre a testa teus lábios suaves e as palavras não ditas de despedida.

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